sexta-feira, 26 de abril de 2013

POEMA À SUICIDA DESCONHECIDA

13º andar.
Não hesita.
Já havia avisado:
- Vou pular.
Pulou.
"Que bom que foi pra dentro e não pra fora",
diz o observador defronte ao prédio oco.
As duas ambulâncias chegaram tarde.
Tarde quanto?
Uma vida.
Tarde demais pra quem tem pressa de ir embora.
Mais rápido que este poema
é que se chega ao chão.

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